Moderado por Eduardo Zimmer (UFRGS), este grupo de participantes do I Workshop Online de Membros Afiliados da ABC foi composto por André Frossard Pereira de Lucena (UFRJ), Andreza Fabro de Bem (UFSC), Angelo Malachias de Souza (UFMG), Camila Costa de Amorim Amaral (UFMG), Eduardo Zilberman (PUC-Rio), Eufrânio N. da Silva Júnior (UFMG), Flavio Almeida Amaral (UFMG), Helder Nakaya (USP), Luis Gustavo Carvalho Pacheco (UFBA), Mateus Borba Cardoso (CNPEM), Miguel Elias Mitre Campista (UFRJ), Prafulla Kumar Sahoo (ITV), Rafael Vasconcelos Ribeiro (Unicamp) e Roberto Cesar Pereira Lima Junior (UFC). O debate dos participantes, relatado aqui, não se propõe a representar a opinião do conjunto de membros afiiados da ABC.

O grupo identificou diferentes âmbitos da internacionalização. A participação no corpo editorial de periódicos internacionais é um deles, assim como em programas de fellowship estrangeiros, como Howard Hughes, TWAS, Wellcome Trust. Outro nicho é a inscrição para grants internacionais, como os oferecidos por Bill & Melinda Gates. Participar e buscar exercer liderança em sociedades científicas internacionais também é um tipo de iniciativa interessante. Outro ponto destacado pelo grupo foi a importância do registro de patentes no exterior.

Buscar internacionalizar as revistas científicas nacionais a que estiverem ligados também foi tido como iniciativa importante. Para o aumento do impacto das publicações científicas originárias no Brasil, é preciso apoiar a revisão de textos em língua inglesa, apoiar o pagamento de taxas para publicação no exterior, aprimorar as habilidades de análise e apresentação de resultados dos pesquisadores brasileiros e consolidar programas de docentes visitantes.

Neste último tópico, foi observado que as estratégias para atrair e fixar professores visitantes estrangeiros envolve mantê-los por tempo mínimo maior que um ano. Para tanto, é preciso que haja possibilidades potenciais para o desenvolvimento dos projetos, salários e verba para pesquisa atrativos, acordos entre universidades e a promoção de diversidade.

O grupo avalia que o país precisa ampliar a mobilidade, de modo que pesquisadores estrangeiros em nível de doutorado ou pós-doutorado tenham acesso a bolsas de até 12 meses. Para tanto, é preciso não só contrapartidas como cofinanciamentos, além de processos menos burocráticos nas fundações de apoio a pesquisa.

Os pesquisadores brasileiros também precisam de fortalecimento na cooperação internacional. O aumento do acesso a grants internacionais seria bem-vindo, de modo que haja mais participação de brasileiros no desenvolvimento e patenteamento de tecnologias disruptivas e maior adoção de tecnologias brasileiras no exterior. Fomentar travel grants para alunos, de modo que eles também tenham mobilidade internacional foi um item destacado pelo grupo.

Um ponto fundamental que foi tocado é a importância da divulgação científica na internacionalização. Isso passa certamente pela criação de homepages em inglês em todos os laboratórios, departamentos e instituições.