O movimento A Amazônia Que Queremos apela à consciência da humanidade. O site vale a visita, contando com tópicos para salvar e conservar a região e galerias de fotos de Sebastião Salgado, um dos integrantes do Comitê Estratégico, junto com o presidente da ABC, Luiz Davidovich, e outras destacadas lideranças mundiais.

Painel Científico para a Amazônia

Cientistas da Amazônia e que estudam a Amazônia se reuniram, sob os auspícios da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Solutions Network, ou SDSN), para contribuir com seu conhecimento e experiência para a realização de uma avaliação científica sobre o estado dos diversos ecossistemas da Amazônia, assim como sobre mudanças climáticas e no uso da terra, e suas implicações para a região.

O Relatório do Painel Científico para a Amazônia (Science Panel for the Amazon, ou SPA) – previsto para o primeiro semestre de 2021 – será o primeiro relatório científico realizado para toda a Bacia Amazônica e seus biomas. O relatório solicitará que governos, empresas, sociedade civil e todos os habitantes do planeta implementem as recomendações do relatório e ajam em conjunto pela conservação e desenvolvimento de uma Amazônia sustentável.

Este grupo é integrado por dezenas de cientistas de todo o mundo, dentre os quais os Acadêmicos Adalberto Val, Carlos Nobre, José Marengo, Mercedes Bustamante e Paulo Artaxo.

Dados relevantes e impactantes sobre a Amazônia

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo. Mais de 10% das espécies conhecidas de animais e plantas coexistem lá. Em apenas um hectare de floresta, há uma variedade maior de árvores do que em toda a América do Norte. Em apenas uma dessas árvores, é possível encontrar a mesma quantidade de espécies de formigas que há em todo o Reino Unido.

A Bacia Amazônica contém mais de 2.300 espécies de peixes, um número maior do que em todo o Oceano Atlântico. Aproximadamente um sexto da água doce do planeta flui através de seus rios e córregos.

A floresta Amazônica também é um amortecedor contra as mudanças climáticas; ela regula a variabilidade climática e armazena cerca de 130 bilhões de toneladas métricas de carbono, correspondente a mais uma década de emissões globais de dióxido de carbono.

Hoje, esses ecossistemas que cobrem mais de 7 milhões de quilômetros quadrados estão ameaçados pelo desmatamento, por incêndios, mineração, exploração de óleo e gás, grandes barragens para geração de energia hidrelétrica e por invasões ilegais. Uma área florestal do tamanho de Luxemburgo foi perdida apenas no mês de julho de 2019, devido a incêndios.

O que acontece no mundo, afeta a Amazônia; e o que acontece na Amazônia, afeta o mundo. O bem-estar daqueles que habitam o planeta hoje e das gerações futuras depende de sua conservação. Ainda há tempo.

Lideranças mundiais unidas em torno da causa

O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, integra o Comitê Estratégico, junto com lideranças mundiais:

  • Achim Steiner, atual administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD);
  • André Lara Resende, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES);
  • Angel Guevara, presidente da Academia de Ciências do Equador;
  • Avecita Chiccón, diretora da Iniciativa Andes-Amazônia da Fundação Gordon e Betty Moore;
  • Beka Munduruku, jovem liderança indígena do povo Munduruku;
  • Christiane Torloni, atriz e produtora brasileira envolvida em diversas causas sociais e ambientais, tendo liderado o projeto Amazônia para Sempre;
  • Clarence Seedorf, jogador de maior sucesso na história do futebol holandês e membro do Comitê de Apoio da Fondazione Veronesi, voltada para a promoção da pesquisa científica;
  • Enrique Forero, presidente da Academia Colombiana de Ciências;
  • Fernando Roca, antropólogo, professor da PUC-Peru e membro da Academia Nacional de Ciências do Peru;
  • Gastón Acurio, chef peruano dono de uma rede de 50 restaurantes pelo mundo;
  • Guilherme Leal, co-presidente da Natura & Co e membro do Conselho do Pacto Global da ONU;
  • Gustavo Dudamel, aclamado maestro venezuelano;
  • José Gregorio Díaz Mirabal, coordenador geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA);
  • Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2016 e um dos promotores iniciais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
  • Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);
  • Marcelo Sánchez Sorondo, bispo católico argentino, atual chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e da Pontifícia Academia de Ciências Sociais da Argentina.
  • María Fernanda Espinosa Garcés, política e diplomata equatoriana dedicada à causa indígena e ao desenvolvimento sustentável;
  • Marina Helou, deputada estadual de São Paulo pelo partido “Rede Sustentabilidade”;
  • Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da UNCTAD e ex-ministro do Meio Ambiente e da Amazônia no Brasil;
  • Sebastião Salgado, fotógrafo franco-brasileiro e co-fundador do Instituto Terra, dedicado ao reflorestamento, conservação e educação ambiental na Amazônia;
  • Thomas Lovejoy, biólogo norte-americano conhecido como o “pai da biodiversidade”, por ter cunhado o termo “diversidade biológica” na década de 1980;
  • Valerie Garrido-Lowe, ministra de Relações dos Povos Indígenas da República Cooperativa da Guiana.

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