Leia a matéria de Liana Coll para a Unicamp, publicada em 21/5:

As comunidades médicas e científicas são enfáticas: não há comprovação para a eficácia do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2). Recentes estudos demonstram, pelo contrário, a falta de segurança na rotina clínica com os medicamentos. A arritmia cardíaca, um dos efeitos colaterais mais frequentes, é potencialmente fatal, conforme o alerta de pesquisadores.

Após analisar pesquisas recentes relativas à rotina de tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina (composto análogo à cloroquina), o professor do Instituto de Química da Unicamp, Luiz Carlos Dias [membro titular da ABC], indica que “os resultados de ensaios clínicos em seres humanos para SARS-CoV-2, em diferentes estágios da infecção, não são favoráveis”. Os estudos que mostram algum benefício, diz, foram feitos de forma não randomizada, sem placebos e sem duplo-cegos, procedimentos de pesquisa que são adotados para dar mais segurança nos resultados sobre a eficácia clínica do medicamento.

O docente, que atua no desenvolvimento de fármacos para doenças negligenciadas, entre elas a malária, uma das enfermidades para as quais a cloroquina é utilizada no Brasil, observa que, por conta dos efeitos adversos, mesmo no caso da malária, em que há comprovação da eficácia, a administração do medicamento é feita somente com um rigoroso acompanhamento do paciente. Dessa forma, para ele, a melhor alternativa de controle da pandemia do novo coronavírus, no momento, é o isolamento social.

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