A Academia Brasileira de Ciências promoveu seu sexto webinário da série Conhecer para Entender: O Mundo a Partir do Coronavírus.

Na 3a feira, 12/5, o webinário foi sobre FÁRMACOS E A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA.

De acordo com os dados observados, o Sistema Único de SAúde (SUS) está tendo gastos crescentes com importação de medicamentos e insumos farmacêuticos. Por que os avanços da ciência brasileira, inclusive na formação de recursos humanos, têm tão pouco reflexo na inovação tecnológica nessa área? Como os países responsáveis pela inovação na área de fármacos e medicamentos alcançaram esse patamar? Será que as características da indústria farmacêutica no país impedem avanços? E quais os desafios e gargalos em se fazer pesquisa clínica no Brasil?

Para debater e responder a essas e outras perguntas, foram convidados:

  • Jorge Guimarães, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ele abordou a atuação da Embrapii no combate à COVID-19, dando destaque para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em equipamentos médicos e hospitalares e comentou a insignificante participação da indústria farmacêutica. Médico veterinário e bioquímico, Guimarães presidiu a Capes por onze anos e é professor emérito da UFRJ, da UFRRJ, da UFF e da UFRGS. Atua no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, como professor, pesquisador e coordenador do Laboratório Temático de Bioquímica Farmacológica. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
  • João Batista Calixto, diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP). Ele tratou do reflexo que os gastos crescentes do SUS terão na balança comercial brasileira, falou das fases de desenvolvimento de medicamentos, custos, desafios e necessidade de pesquisa multidisciplinar (básica e aplicada) de alta qualidade. Calixto é professor titular aposentado de Farmacologia da UFSC e trabalha há mais de 20 anos em parceria com as principais indústrias farmacêutica nacionais e internacionais. É vice-presidente da ABC para a Região Sul.
  • Esper Kallas, médico infectologista, comentou a grande evolução no tratamento farmacológico da COVID-19, revendo as intervenções farmacológicas promovidas até o momento, incluindo antivirais e uso de anticorpos no tratamento da doença. Também abordou aspectos importantes da pesquisa clínica no Brasil. Kallas é professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O mediador foi o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich. Ele é secretário geral da Academia Mundial de Ciências (TWAS), membro da National Academy of Sciences (NAS/EUA) e professor titular da UFRJ, onde desenvolve pesquisas em óptica quântica e informação quântica.

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