A Academia Brasileira de Ciências realizou seu terceiro webinário da série O MUNDO A PARTIR DO CORONAVÍRUS, com uma edição focada em TRABALHO E DIVERSIDADEO evento foi realizado na 3ª feira, 21/4, das 16h às 18h.


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A socióloga Nadya Araujo Guimarães abordou a necessidade imposta pelo confinamento de promover uma nova divisão do trabalho, agora todo  internalizado na família. Apontou as dificuldades em função da notável desproporção entre participação de homens e mulheres nas atividades relativas a cuidados. Falou também sobre a situação da maioria das mulheres, cuja natureza do  trabalho não permite home office e que muitas vezes vive em condições precárias, com famílias grandes em espaços reduzidos.

Ela é professora titular da Universidade de São Paulo (USP), membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e desenvolve pesquisas em sociologia econômica e do trabalho, inclusive em desigualdades de gênero e raça no mercado e locais de trabalho.

A jornalista Sabine Righetti abordou o tema pela perspectiva de uma jornalista que atua há 20 anos na ponte entre ciência e sociedade, e que viu uma transformação na área em poucos meses com o novo vírus. Referiu-se ao fato de que até o final de março, pesquisadores do mundo todo tinham publicado um estudo novo a cada três horas sobre o novo coronavírus e a Covid-19, ambos relatados no final de dezembro. São trabalhos em todas as áreas, revisados em ritmo acelerado, divulgados com espaço na imprensa e com impacto importante na vida das pessoas.

Righetti é pesquisadora doutora no Labjor/Unicamp, na área de jornalismo de ciência, percepção social da ciência e avaliação de ciência e coordenadora da Agência Bori (Fapesp/Serrapilheira).

A diretora da ABC Marcia Barbosa abordou a desproporção entre homens e mulheres nas posições de liderança no mundo do trabalho. Situações críticas como epidemias potencializam este problema, dado que mulheres acumulam responsabilidades das atividades domésticas e de cuidado, além das  profissionais, tem uma redução da produtividade e são excluídas dos processos de progressão na carreira. Ela apontou caminhos para a construção de uma sociedade pós-corona com mais equidade e explicou como isso pode significar uma sociedade mais eficiente.

Barbosa é professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha com física da matéria condensada. Em 2013 ganhou o prêmio L’Oréal-Unesco de Mulheres nas Ciências e o prêmio Claudia em Ciência. Em paralelo, atua em questões de gênero, pelo que ganhou a Medalha Nicholson da American Physical Society.

O mediador do evento foi o presidente da ABC, Luiz Davidovich.


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