Leia entrevista de Gabriel Alves com o Acadêmico Brito Cruz, publicada na Folha de S. Paulo em 7/4:

O engenheiro Carlos Henrique de Brito Cruz, 63, o mais longevo diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), deixa neste mês o cargo em um momento em que as evidências científicas para guiar políticas nunca foram tão importantes e em que boa parte das esperanças quanto à resolução da pandemia de Covid-19, de vacinas a tratamentos, estão depositadas na ciência.

Ele diz, porém, que é importante que autoridades governamentais e cientistas não prometam soluções de curto prazo que não possam ser cumpridas.

“Todos vamos sofrer menos se basearmos mais as respostas na ciência. Mas a gente não pode dizer que ela vai resolver tudo magicamente”, diz.

Ele faz uma avaliação positiva da resposta atual de cientistas, assim como aconteceu à época da zika, cinco anos atrás.

A Fapesp investe anualmente mais de R$ 1 bilhão em bolsas e em auxílio à pesquisa. Mais de 19 mil propostas foram analisadas em 2019.

Em sua década e meia de gestão na maior agência estadual de fomento à pesquisa do país, Brito Cruz deixou marcas na no sistema de ciência e tecnologia, como um grande estímulo à colaboração entre universidades e institutos de pesquisas com empresas e à internacionalização da pesquisa, com parcerias com grandes centros internacionais, como os Institutos Nacionais de Saúde (EUA), o British Council (Reino Unido) e o Centro Alemão de Ciência e Inovação.

O que considera que deixou pendente é melhorar a vida dos pesquisadores com relação à burocracia na qual são imersos, seja na hora de fazer a prestação de contas ou preencher formulários para importação de reagentes.

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