Professor titular aposentado do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), o Acadêmico Antônio Brito da Cunha morreu no dia 2 de dezembro de 2019, aos 94 anos, em Brasília.

Cunha dedicou sua carreira a pesquisa no campo da biologia evolutiva, tendo desenvolvido projetos nas áreas da variabilidade cromossômica, fatores ambientais, citologia e diferenciação celular em sciarídeos (moscas-dos-cogumelos), em condições normais e em infecções com vírus.

Cunha era graduado em história natural (1943) e doutor em ciências pela USP (1948), onde também foi diretor do IB e chefe do Departamento de Biologia. Nos Estados Unidos, fez estágio de pós-doutorado na Universidade de Columbia (1951), e foi pesquisador associado (1969) e professor visitante (1970-1971) na Universidade do Texas.

Mario Ferri, Antônio Brito da Cunha, André Dreyfus e Theodosius Dobzhansky, em 1943, durante a Primeira Semana de Genética, em Piracicaba, São Paulo. O evento foi considerado por Dreyfus como o 1º Congresso Brasileiro de Genética e Citologia. Foto: Sociedade Brasileira de Genética

O Acadêmico participou do início do funcionamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), como assessor para Ciências Biológicas, entre 1962 e 1964. Cunha era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1968. Seu neto, o engenheiro agrônomo Nicolau Brito da Cunha, também foi eleito membro da ABC, na categoria de afiliado, para o período de 2016 a 2020.