Co-fundadora, em 1979, e presidente da Comissão Pró-Índio, de 1979 a 1981, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha apresenta a conferência de tema: “A Questão Indígena no Brasil. Impasses e Perspectivas de Futuro” no dia 4 de abril, às 14h, no Auditório Emmanuel Dias / Pavilhão Arthur Neiva, na Fiocruz. A palestra é gratuita e aberta ao público geral.
O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos Avançados do Instituo Oswaldo Cruz, coordenado pelo Acadêmico Renato Cordeiro e Maria de Lourdes Oliveira. O grupo busca promover debates acadêmicos sobre temas interdisciplinares no campo da ciência, da política e da filosofia, envolvendo a comunidade científica intra e extramuros.
Confira o perfil da palestrante:
Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha é antropóloga, doutora em ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e graduada em matemática pela Faculté des Sciences de Paris. Foi professora doutora da Unicamp e professora titular da Universidade de São Paulo (USP), onde, após a aposentadoria, continua ativa. É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e da Academia Mundial de Ciências (Twas, na sigla em inglês); foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (1986-88) e representante da comunidade científica no Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde foi bolsista na categoria A1.
Recebeu várias distinções, entre as quais a Ordem do Mérito Cientifico na Classe Grã Cruz, a Légion d´honneur da França, a medalha Roquette-Pinto da Associação Brasileira de Antropologia e a medalha da Francofonia da Academia Francesa. Em 2018 recebeu o Prêmio de Excelência Gilberto Velho para Antropologia. Publicou 12 livros, 38 artigos em Periódicos especializados e 32 capítulos em livros, e organizou quatro livros. Seus livros receberam prêmios da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), Jabuti e da Biblioteca Nacional. Sua atuação distribui-se pela etnologia, história e direitos dos índios, escravidão negra, etnicidade, conhecimentos tradicionais e teoria antropológica.