Foto: Francisco Emolo | USP Imagens

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) lamenta o falecimento do professor Warwick Estevam Kerr, ocorrido na manhã de 15/9. O pesquisador foi responsável pela descoberta da espécie abelha “africanizada” e o primeiro brasileiro a fazer parte da Academia de Ciências nos Estados Unidos.

A Academia  lamenta, com profundo pesar, o falecimento do professor aposentado da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), Warwick Estevam Kerr, ocorrido no dia de hoje, 15 de setembro, em Ribeirão Preto. Entomologista e geneticista reconhecido internacionalmente, é considerado uma das autoridades mundiais em genética de abelhas.

Kerr formou-se em Engenharia Agronômica pela Esalq em 1945 e doutorou-se em Genética Animal em abril de 1948, defendendo tese com o título “Estudos sobre o gênero Melipona”. Defendeu tese para o concurso de Livre-Docente da Cadeira de Genética em junho de 1950, com o título “Estudos sobre a genética de populações dos himenópteros em geral e sobre os apídeos sociais em particular” e tornou-se professor titular em 1965.

Foi professor visitante nas Universidades de Columbia e da Califórnia entre 1951 e 1952. Organizou o Departamento de Biologia Geral da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, a partir de 1957, e o Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, a partir de 1964.

Orientou mais de uma dezena de teses de doutoramento e ministrou diversos cursos no Brasil e no exterior. Foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), presidente da Sociedade Brasileira de Genética(SBG) e reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Foi o primeiro diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Foi o primeiro brasileiro eleito membro estrangeiro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, em 1990.

O velório de Warwick Estevam Kerr foi realizado em 15/09, no Memorial Campos Elísios, em Ribeirão Preto). A cerimônia de cremação será em 16/9, às 9h.Pesquisador de renome internacional, o professor Kerr deixa sua marca inconfundível de generosidade intelectual e de amor pela ciência, além de uma legião de colegas e ex-alunos que admiram sua obra e sua simples e acolhedora forma de ser.