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O Fundo ELAS, o Instituto Unibanco e a Fundação Carlos Chagas recebem, até 28 de novembro, propostas de projetos que visem à redução das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais e no acesso à educação superior. A segunda edição do edital “Gestão para Equidade: ELAS nas Exatas”, que também tem o apoio da ONU Mulheres, pretende favorecer a inserção das meninas nas áreas de ciências tecnológicas e exatas por meio da promoção da equidade de gênero e do reconhecimento da escola como um espaço estratégico e importante na promoção dessa transformação. A iniciativa, que surgiu em 2015, já apoiou dez ações em oito estados brasileiros, atingindo diretamente mais de 1 mil jovens do ensino médio.
“Essa iniciativa é única na América Latina por reunir um instituto da iniciativa privada, uma fundação dedicada à pesquisa, uma organização da sociedade civil e um órgão multilateral, além das escolas — todos unidos para fortalecer a inserção das meninas nas ciências exatas”, disse Amalia Fischer, coordenadora geral do Fundo ELAS.
“Estamos muito felizes com a possibilidade de apoiar iniciativas dentro de escolas de ensino médio que vão aproximar mais meninas das (ciências) exatas e tecnológicas”, declarou KK Verdade, coordenadora executiva do Fundo ELAS.
“Nossa impregnação de discriminação no cotidiano faz com que, por exemplo, as meninas entrem, passem do nono ano para o primeiro ano com notas de matemática melhores que a dos meninos e terminem o terceiro ano com notas abaixo das deles, e pouquíssimas fazem a migração para o mundo das exatas”, afirmou Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco. “Estamos em busca de práticas inovadoras que possam ser replicadas para enfrentar os desafios da equidade”, completou.
Para Sandra Unbehaum, coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas, o edital representa uma oportunidade de ação direta com as jovens, envolvendo a comunidade escolar, organizações da sociedade civil e universidades, em prol de uma educação pública de qualidade e atenta às diversidades e possibilidades de enfrentamento das desigualdades de gênero.
Segundo Sandra, a iniciativa também sensibiliza a sociedade para as barreiras enfrentadas pelas meninas, em particular as negras, durante passagem do ensino médio para o superior, sobretudo nas áreas das ciências exatas e das tecnologias.
“Para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial o objetivo de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, fazemos parcerias estratégicas de modo a somar esforços com instituições que têm o potencial de trabalhar para não deixar ninguém para trás”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.
“É por isso que a ONU Mulheres se soma ao Fundo ELAS e ao Instituto Unibanco nesta importante iniciativa que ajudará as meninas a derrubar as barreiras de gênero e alcançar a igualdade de oportunidades na área de exatas”, completou.
A iniciativa apoiará dez projetos, cada um com uma doação de R$ 35 mil. Podem participar proponentes de todo o território nacional que se dediquem à promoção da educação, da defesa dos direitos das mulheres e/ou dos direitos humanos; associações legalmente constituídas representativas de escolas públicas (como associações de pais e mestres, caixa escolar, etc.); organizações legalmente constituídas de mulheres ou mistas ou grupos e coletivos de mulheres ou mistos.
O edital completo pode ser conferido em: http://www.fundosocialelas.org/elasnasexatas/edital/