Realizado nos dias 28 e 29 de agosto, o Seminário Internacional de Promoção, Desenvolvimento, Apoio e Avaliação da Inovação, uma parceria da Academia Brasileira de Ciências (ABC) com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), contou com apresentações sobre políticas de ciência, tecnologia e inovação, na perspectiva das agências de fomento.
Entre as iniciativas encampadas pelos dois países para promover a pesquisa e a inovação, o superintendente de Planejamento da Finep ressaltou o aporte de US$ 280 milhões realizados pelo Uruguai nos últimos dez anos para mover o setor. Já a Noruega, o bem-sucedido programa de clusters (aglomerados) na área de petróleo e gás foi o destaque. A iniciativa tem levado o país a atingir importantes resultados na economia. “Nos mesmos moldes dos arranjos produtivos locais no Brasil, os clusters na Noruega geraram um efeito multiplicador muito grande para esta cadeia de produção”, disse Rogério Medeiros.
“É notório que o ambiente de negócios evolui muito mais quando se está territorialmente no mesmo espaço”, acrescentou ele, que logo em seguida convidou Elisa Hernandez, executiva da ANII, para contar um pouco sobre os trabalhos da jovem agência uruguaia de inovação, que tem apenas dez anos de existência.
Identificação do impacto das iniciativas de fomento à pesquisa e à inovação
Desde a sua fundação, a ANII adotou métricas de monitoramento e avaliação de pesquisadores e projetos. Segundo Hernandez, o monitoramento é uma espécie de processo rotineiro de coleta de dados e medição do alcance dos objetivos dos programas, com a identificação de pontos fortes e fracos e ajustes em seu desenho para otimizar a performance e resultados. Já a avaliação usa métodos de pesquisa social para estudar os fatores, previsíveis ou não, que possam determinar a efetividade, eficiência e impacto de um projeto.
Análises econométricas e levantamentos estatísticos baseados em pesquisas quantitativas estão dentro do variado conjunto de metodologias utilizadas pela ANII para identificar o impacto das iniciativas de fomento à pesquisa e à inovação. As avaliações dão destaque, inclusive, às percepções dos beneficiários dos programas sobre os resultados dos projetos, em diferentes dimensões.
A agência também adota pesquisas qualitativas, que utilizam entrevistas estruturadas e semiestruturadas, assim como grupos focais. Hernandez explicou que é conveniente a realização de ambas as avaliações, quantitativas e qualitativas, para se chegar a melhores recomendações às políticas de inovação. “Mas, independentemente da metodologia utilizada, planejamento é a base para se atingir o impacto desejado”, afirmou.
A executiva acrescentou que os custos e benefícios da avaliação devem ser pesados. Dar a devida importância à comunicação dos resultados, onde o principal desafio é ajustar as políticas ao perfil das audiências, isto é, ao público beneficiário do programa, também deve ser prioridade. “É preciso pensar na criação de produtos adequados a cada um deles, e em níveis diferentes, o que nem sempre é fácil”, disse Hernandez, acrescentando: “Apresente conclusões criativas para melhorar o impacto das avaliações”.
Superintendente de Planejamento da Finep, Rogério Medeiros reforçou a análise de Hernandez sobre a importância da organização de metodologias de avaliação de impacto como forma de ajuste e reequilíbrio das ações dos programas de inovação promovidos por agências e instituições de fomento. Ele também concordou que é preciso que se preveja uma certa dose de flexibilidade, como destacou a palestrante. “A flexibilidade é necessária para se ajustar e reequilibrar os programas e iniciativas de inovação, que são sempre muito criativos. Já observamos durante esse evento que a inovação tem um efeito de mais longo prazo. Além dos resultados imediatos, há impactos que podem aparecer apenas alguns anos depois que o projeto de apoio terminou. Com relação aos efeitos de causalidade e a identificação de quais programas geraram o impacto X na empresa, estes são realmente difíceis de se prever depois de terminado o apoio”, sintetizou Medeiros.
Conectando o polo produtivo e o polo intelectual
Com oito escritórios espalhados em 45 países do mundo, a Agência de Inovação da Noruega (Innovation Norway) busca estar sempre perto tanto da indústria, quanto dos mercados. Criar empreendedores bem-sucedidos, empresas com capacidade de crescimento e grupos de inovação diversificados e integrados é a principal missão da instituição. “A Noruega é um país pequeno, há muitos produtos que não têm mercado por lá. Por isso, procuramos compradores em países pelo mundo”, disse Rune Andersen. Voltada para o apoio à indústria, universidades e institutos de pesquisa, a agência norueguesa atua como interlocutora do polo produtivo e do polo intelectual. “Não acreditamos que o diálogo entre centros acadêmicos e indústrias vá acontecer sozinho. Sabemos que esse diálogo precisa ser mobilizado”, alertou o cônsul.
Em 2016, 28% dos recursos do Conselho de Pesquisa da Noruega foram aplicados em pesquisa e desenvolvimento. Em números reais, foram cerca de R$ 520 milhões para a indústria, R$ 1,2 bilhões para os institutos de pesquisa e R$ 920 milhões para as universidades. Segundo Andersen, as ações da Innovation Norway sempre visam facilitar a transferência de conhecimento da universidade para a indústria. “Buscamos uma sintonia fina entre a comercialização e o desenvolvimento da inovação. A interdependência dessas funções pode ser medida com precisão. Por isso, temos trabalhado muito para atingir esses resultados, que podem ser monitorados pelo PIB [Produto Interno Bruto], por exemplo”, afirmou.
A agência norueguesa monitora o impacto de seus programas por meio do alcance dos objetivos propostos. Na lista de prioridades, há espaço, inclusive, para a melhoria dos serviços sociais dentro da Noruega. “Isso também está sempre na nossa agenda e nunca vai mudar”, acentuou Andersen, acrescentando que o aconselhamento dos ministros de Estado do país sobre a importância de se aplicar em inovação também faz parte da agenda estratégica da agência.
O executivo relatou que a exigência de que a agência ajudasse a gerar mais empreendedores de sucesso e clusters de negócios inovativos na Noruega, contribuindo para reestruturar a indústria do país, partiu de uma requisição do próprio Parlamento local, ainda em 2000. “Em 2013 elaboramos um novo sistema de governança e contratamos um corpo independente de estatísticos. Eles receberam uma lista de todas as empresas às quais damos apoio e usaram métodos estatísticos para avaliar o impacto dos programas de fomento num período de três anos”, disse Andersen.
O cônsul explicou que para medir o impacto atribuído a um programa de incentivo, a agência avalia o valor adicionado ao negócio/produto, o número de empregados, o retorno de ativos e como as atividades geraram patentes. “É um monitoramento rápido e prático”, avaliou. Segundo Andersen, o que a agência identificou com essa medição é bastante significativo: “Um apoio de 1,5 milhão de coroas norueguesas [R$ 600 mil] traz um retorno sete vezes maior. Temos a noção de que o investimento em inovação gera resultado”, ressaltou. “Os dados nos mostram que temos um valor agregado maior e uma produtividade mais elevada do que os do grupo controle. E é isso o que o governo quer ouvir”, acrescentou o executivo.
No quesito inovação, Andersen afirmou que as empresas dentro do cluster têm uma performance e um crescimento melhor e maior do que as que estão fora dele, além de gerarem um valor agregado também mais elevado. “Isto impacta no aumento de contratações de profissionais”, ressaltou. Segundo o executivo, os próprios empresários percebem como a formação de clusters funciona. “Eles nos trazem resultados muito bons, o que nos leva a financiar programas que podem ajudar a indústria, seja por meio de financiamento ou de consultoria às empresas”, disse Andersen, lembrando que o modelo de arranjo produtivo local também gera resultados positivos dentro dos institutos de pesquisa e das universidades.
O especialista ressaltou, porém, alguns desafios que precisam ser vencidos para que seja possível alcançar uma maior precisão no desenho e encaminhamento das políticas de inovação do seu país. “Quanto tempo leva para que a participação em um programa tenha efeitos sobre o empreendimento? Como identificamos a durabilidade desse efeito? Quando um suporte termina e outro começa? Como classificamos um tipo de programa de apoio se observarmos múltiplos programas nos anos subsequentes?”, listou ele.
Andersen observou que a capacidade da agência de resolver problemas depende, também, de como ela ouve os atores participantes do programa de incentivo. “A relação de confiança construída entre agência e empresários é o que contribui para gerar resultados para a inovação e a economia no país”, destacou ele.
O que a Espanha e a Coreia podem ensinar ao Brasil em termos de inovação?
Secretário de Tecnologia, Desenvolvimento e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Acadêmico Alvaro Toubes Prata conduziu a segunda rodada de debates sobre inovação na perspectiva das agências de fomento. Na mesa, o chefe de Estudos e Comunicações do Centro para o Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (CDTI) da Espanha, Andres Ubierna, e o diretor da Divisão de Políticas em Tecnologia do Ministério de Pequenas Empresas e Startups (MSS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, Jong-ouk Youn.
Prata introduziu o tema ressaltando as características do sistema de apoio à tecnologia e à inovação brasileiro. “É um sistema que vem sendo construído há anos. Nossas agências datam da década de 60. São três agências fortes: o CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e a [Finep, ligadas ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Fundação Capes, ligada ao Ministério da Educação. Estas três agências financiam as instituições, os pesquisadores e as empresas”, disse Prata.
Ele relatou marcos importantes de nossa história nessa área. “A década de 70 viu o início dos planos de desenvolvimento e integração da indústria. A década de 80, a criação do Ministério de Ciência e Tecnologia e a criação da Lei Rouanet, em 1986. Na década de 90, tivemos as políticas industriais e de mercado exterio, além daLei de Informática e os fundos setoriais, tão importantes que são e que foram para a nossa política científica e tecnológica”, listou Prata.
O secretário ressaltou ainda a importância da Lei da Inovação em 2004 e a Lei do Bem em 2005, que veio a vigorar em 2006. Embora já tenha dez anos, a Lei do Bem atingiu pouco mais de mil empresas, de um potencial de 150 mil. Resultado ainda tímido, segundo Prata. “neste momento estamos trabalhando para o aprimoramento dessa lei”, ressaltou.
Destacando a preocupação com a inovação na agenda brasileira, o Acadêmico apontou que embora faça boa ciência, o Brasil tem dificuldade em usá-la amplamente para beneficiar o setor industrial, promovendo o desenvolvimento tecnológico, a inovação, o desenvolvimento econômico e social. “É com prazer que temos a oportunidade de ouvir dois países que têm muito a nos ensinar nestes aspectos”, disse Prata.
O secretário frisou que a Coreia do Sul é o país cujo setor privado mais investe em pesquisa e desenvolvimento. “Mais de 4% do seu PIB é investido em pesquisa e desenvolvimento [P&D]”, destacou. “No Brasil, o investimento em P&D está em torno de 1,2%. Se compararmos apenas o investimento realizados pelo setor público da Coreia do Sul e do Brasil os números são 0,95% e 0,72%, respectivamente. Isso mostra que nós podemos crescer, mas não temos muito espaço para isso por meio de investimentos do setor público. Temos que fazer, sim, que o setor público alavanque o investimento do setor privado em P&D”, avaliou Prata.”Nossa grande fragilidade está no baixo investimento do setor privado em P&D”, acrescentou.
Sobre as ações da Espanha no campo da inovação, o secretário do MCTIC apontou como “surpreendente” a maneira como o país se relaciona sobretudo com os ambientes de inovação. “Recentemente, o país divulgou um relatório da Associação de Parques Tecnológicos da Espanha, que reúne 49 unidades, emprega mais de 160 mil pessoas e abriga quase 8 mil empresas. O faturamento chegou a 26 bilhões de euros, representando um crescimento de quase 7%, comparado ao ano anterior”, ressaltou Prata.
O Brasil conta hoje com uma estrutura de ambientes de inovação ampla e diversificada, que em números redondos possui cerca de 90 iniciativas de parques tecnológicos, sendo 30 já existentes, 30 em fase de consolidação e 30 em fase de projeto. “O que nós não conseguimos fazer de maneira eficiente, ainda, é permitir que eles sejam instituições superavitárias e que gerem recursos”, declarou Prata. “Mais de 20% do PIB da China vêm dos parques tecnológicos. Precisamos fazer com que isso também aconteça aqui”, defendeu ele.
O secretário ressaltou ainda que no momento atual de dificuldade de irrigar o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação do Brasil, o MCTIC tem se voltado ao estímulo do empreendedorismo de base tecnológica, à consolidação de empresas emergentes e à aproximação entre o ambiente acadêmico e industrial.
Rastreando a dinâmica de causa e efeito entre o programa de apoio e os indicadores
O chefe do CDTI da Espanha, Andres Ubierna, explicou que a instituição dá suporte a diversas áreas e não apenas aos empreendimentos de base tecnológica. “O CDTI apoia empresas de todos os portes, embora haja esforços especiais para alavancar os pequenos e médios negócios. Os programas de apoio são monitorados e avaliados tanto por perspectivas técnicas, quanto financeiras”.
De acordo com o executivo, o monitoramento da iniciativa e o controle do impacto dos resultados se dá desde o lançamento até a finalização do apoio. Um plano anual é desenhado onde constam recursos, atividades a serem desenvolvidas e resultados esperados. O processo de avaliação da agência espanhola dá destaque também à comunicação e à disseminação dos resultados. “Além do retorno tecnológico, seja por meio da produção de inovações e patentes, e do retorno econômico, que pode ser medido pelo aumento de empregos, vendas, produtividade e internacionalização da empresa, avaliamos se o programa contribuiu para a mudança de comportamento da empresa, isto é, se houve a geração de uma cultura de inovação”, frisou Ubierna.
O palestrante apresentou algumas das técnicas de coleta de informações, que são feitas de forma contínua, por meio de pesquisas eletrônicas e integradas. Segundo ele, a agência tem usado sistemas dinâmicos que se adequam a cada tipo de projeto. Quanto à avaliação, ela é realizada em duas etapas: no momento do desenvolvimento do produto/serviço e após o lançamento deste no mercado.
“No período de 2012 a 2014, tivemos 3.400 projetos finalizados, sendo 48% de empresas pequenas, 29% de médias e 23% de grandes. Mais de 90% geraram inovações em produtos, sendo que cerca de 60% deles se transformaram em líderes de mercado de seu segmento”, contou Ubierna. Com resultados superiores às expectativas, o palestrante relata que 93% dos empresários afirmaram que as vendas aumentaram e 74% apontaram para um crescimento nas exportações. Outros 84% planejavam investir em pesquisa e desenvolvimento e em torno de 60% disseram que fariam novos investimentos produtivos e reforçariam a capacidade de comercialização.
Assim como a primeira etapa de avaliações, o acompanhamento dos resultados obtidos nos primeiros dois anos após o lançamento do produto/serviço no mercado também apontou para avanços. Segundo o executivo do CDTI, 66% dos empresários afirmaram ter tido sucesso e cerca de 30% faliram por causa da demanda. Em torno de 13% das vendas foram geradas por causa do projeto implementado e 60% dos empresários foram contemplados com novos projetos do CDTI.
Ubierna concluiu sua exposição destacando que a avaliação do impacto deve fazer parte do projeto e do planejamento, quando se lida com programas de pesquisa e inovação. “É preciso sempre rastrear a dinâmica de causa e efeito entre o programa e os indicadores, assim como utilizar técnicas quantitativas complementadas com avaliações qualitativas”, lembrou o executivo.
A vez das pequenas e médias empresas
Assim como a Espanha, a Coreia do Sul também tem orientado suas políticas de inovação para as pequenas e médias empresas, em especial para as startups de base tecnológica. Diretor de um departamento do Ministério de Pequenas e Médias Empresas, Jong-ouk Youn contou que só no ano passado o país direcionou US$ 2,8 bilhões para o setor. “O orçamento total do departamento chega a 10 bilhões de nossa moeda. Mais de 130 milhões de empregos são gerados por meio das pequenas e médias empresas”, disse Youn, mostrando o quanto o governo coreano valoriza e aposta nas startups.
“Todos vocês conhecem o Samsung Galaxy 8. Quase 500 componentes deste smartphone foram lançados por nós. Parece que é um jogo de quebra-cabeças. A maiorias dessas peças vem dessas pequenas e médias empresas – 99,87% das empresas da Coreia”, destacou Jong-ouk Youn.
Promover a competitividade das companhias de menor porte é uma prioridade do governo da Coreia do Sul, segundo o diretor do ministério. “Há alguns anos, a estrutura da economia do país estava focada em grandes empresas. Hoje, o governo direciona os investimentos para as pequenas e médias empresas. A agenda do governo está pautada na inovação por meio da cooperação entre indústria, academia, institutos de pesquisa e estas empresas”, afirmou.
Jong-ouk Youn informou que 4,9% do PIB coreano serão investidos em pesquisa e inovação este ano, o que em dólares chega a aproximadamente US$ 900 milhões. A previsão é que o país dobre os investimentos até 2022. Ele lembrou que, tal como o Brasil, a Coreia do Sul enxerga na parceria entre universidades, institutos de pesquisa e pequenas e médias empresas uma estratégia de sucesso para alavancar esses empreendimentos. “Temos valorizado essas parcerias, pois sabemos que o uso da infraestrutura da universidade diminui os custos de produção”, disse Jong-ouk Youn. “O estudo da comercialização e do marketing deve ser direcionado, a fim de que se saiba se o produto será vendável ou não. As startups não contam com essa estrutura de marketing, por isso a Coreia do Sul criou uma linha de apoio voltado a esse setor”, ressaltou ele.
O país também vê como estratégico o desenvolvimento de políticas de inovação para a indústria. Jong-ouk Youn explicou que o foco é na criação de fábricas inteligentes e autônomas, com a integração de todos os processos de fabricação, usando tecnologias atualizadas. “É preciso disseminar esse modelo de fábricas inteligentes para essas pequenas e médias empresas também. O ministério prevê expandir para essas empresas o big data, a internet das coisas e a informação na nuvem”, relatou.
Mesmo com os avanços e fortes investimentos do governo coreano na solidificação de uma cultura empreendedora e de alta tecnologia no país, a Coreia enxerga limitações para o pleno desenvolvimento das startups. Segundo Jong-ouk Youn, o maior desafio continua sendo a sobrevivência dessas empresas. “As startups exigem uma proteção equivalente a um investimento de risco na Bolsa. Identificamos que muitas startups faliram, mas estamos tentando revitalizá-las por meio do uso de fundos de investimentos do próprio governo”, destacou ele, deixando a sugestão aos brasileiros.