Os presidentes do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, e da ABC, Jacob Palis
No dia 25 de fevereiro, o Clube de Engenharia do Rio de Janeiro realizou, em sua sede, um almoço em homenagem à Academia Brasileira de Ciências (ABC), por conta de seu centenário, e a Jacob Palis, presidente da entidade desde 2007.
Palis, que foi aluno do Clube de Engenharia entre 1958 e 1962, quando a instituição ainda fazia parte da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou a importância da entidade para as ciências de engenharia no país. “É um clube que representa a engenharia brasileira, mas não é ligado a nenhum órgão governamental. É uma entidade particular que faz um trabalho muito importante”, enfatizou.
Agradecendo e se dizendo honrado pela homenagem, Palis lembrou o fato de a ABC ter sido fundada na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. “Escola Politécnica se traduz por escola de engenharia”, disse o presidente da ABC. “Então há uma ligação muito bonita entre as duas instituições. A Academia envolveu, em sua fundação, vários dos principais engenheiros da época”.
Durante o almoço, Jacob conta que cruzou com alguns engenheiros e pesquisadores contemporâneos de faculdade e relembra que, quando se formou, recebeu a distinção de melhor aluno formado na Universidade do Brasil. “Como eles fizeram esse cálculo eu não sei, deve ter sido pelas notas”, brincou Palis, que optou por seguir a carreira de matemático, uma das disciplinas contempladas no curso de engenharia. “Eu me formei em engenharia e depois fui para o exterior, fui fazer pós-doutorado em matemática no Estados Unidos”, relembra.
O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, lembrou a importância da ABC para a pesquisa científica brasileira. “É um Academia tradicional, com grande repercussão internacional e que, por congregar os personagens mais destacados da ciência brasileira, possui um papel importante na orientação de formulação de políticas públicas de ciência e tecnologia”, disse Celestino.