A edição de 28 de janeiro do jornal Folha de São Paulo trouxe uma entrevista com Marcelo Viana, membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1997 e diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) desde dezembro de 2015.
Na reportagem, Viana disse considerar um “paradoxo” a condição atual da matemática no Brasil, pois ao mesmo tempo em que temos Artur Ávila como vencedor da Medalha Fields, os índices do ensino de matemática apontam que 40% dos alunos não conseguem compreender o enunciado de uma questão e 4%, apenas, estão aptos a trabalhar com tecnologia.
Para tentar solucionar esse problema, Viana afirma que é importante aproximar a matemática do cotidiano das pessoas, ou melhor, convencê-las de que ela está presente. Para isso, trará para o Rio, à frente do Impa, a Olimpíada Internacional de Matemática em 2017 e, em 2018, o maior congresso de matemática do mundo.
Viana afirma que o Instituto tem a responsabilidade de colaborar na valorização da matemática e na formação de novos profissionais. “Dos 500 medalhistas anuais da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, se sair um profissional, está bom. Queremos funcionários de elite na administração pública”, diz Viana.
“O que estou falando é um pouco visionário, sonhador”, continua. “Mas eu tenho os pés no chão. Estou ciente de que um instituto com 50 pesquisadores não vai resolver os problemas do país, mas pode dar a direção”, completa.
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