Desenvolver novos catalisadores (enzimas artificiais) que acelerem diferentes reações químicas de forma segura e eficaz é o principal objetivo da pesquisadora Elisa Orth. A cientista pretende utilizar tais enzimas para melhorar a qualidade de alimentos cultivados com defensivos agrícolas e no tratamento de doenças genéticas, reparando genes defeituosos.
Na terapia genética, sua pesquisa pode contribuir com o tratamento de males como câncer, fibrose e mal de Parkinson. Na parte de agentes tóxicos, a intenção é que essas enzimas atuem na destruição de moléculas nocivas à saúde humana e no monitoramento de agrotóxicos usados no Brasil.
Formada em química pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde fez mestrado e doutorado, Orth, de 31 anos, hoje é pós-doutora pela Universidade Federal do Paraná.
“Tenho total encantamento pela ciência e todo seu progresso”, conta a cientista, confiante de que seu estudo pode incentivar e inspirar outras pesquisas na área da saúde. A paixão pelo que faz e sua dedicação ao projeto a fizeram inscrevê-lo pela segunda vez no Prêmio LOreal para Mulheres na Ciência, do qual, agora, foi uma das vencedoras. “O prêmio vem coroar as longas horas de trabalho e só me motiva a continuar pesquisando. Certamente foi o acontecimento mais marcante na minha carreira”, declara.