A estudante Joana Pasquali entre o presidente da Fundação Roberto Marinho e vice-presidente de Responsabilidade Social do Grupo Globo, José Roberto Marinho, e a presidente Dilma Rousseff, com sua orientadora Andréia Michelon Gobbi durante cerimônia de entrega do XXVIII Prêmio Jovem Cientista no Palácio do Planalto – ANDRE COELHO / Agência O Globo
Os vencedores do Prêmio Jovem Cientista receberam a premiação na terça-feira, 15 de setembro, no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presença da presidente Dilma Rousseff. Ela entregou o prêmio aos primeiros colocados nas categorias Estudante do Ensino Médio, Estudante do Ensino Superior e Mestre e Doutor.
Joana Meneguzzo Pasquali ganhou a categoria Estudante do Ensino Médio criando uma fita que identifica contaminações no leite. O universitário Deloan Edberto Mattos Perini, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), elaborou um plano de agricultura urbana na cidade de Erechim (RS), trabalho que venceu a categoria Ensino Superior.
Na categoria Mestre e Doutor, Bárbara Rita Cardoso, da Universidade de São Paulo (USP), venceu com trabalho sobre os benefícios da ingestão diária de uma castanha-do-Pará por idosos com dificuldades cognitivas.
– Torço para que mais recursos sejam destinados à pesquisa no Brasil, para que possamos ser destaque no cenário internacional – afirmou Bárbara.
Na 28ª edição, o Prêmio Jovem Cientista teve a segurança alimentar e nutricional como tema. A premiação, criada em 1981, é uma iniciativa do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, além de patrocínio da Gerdau e da BG Brasil, membro institucional da ABC. Neste ano, o Jovem Cientista distribuirá mais de R$ 800 mil, incluindo as bolsas de estudo concedidas aos vencedores.
José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho e vice-presidente de Responsabilidade Social do Grupo Globo, destacou os avanços do Brasil em relação ao tema da segurança alimentar, mas destacou que é preciso avançar.
– Em 2014, as Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura excluíram finalmente o Brasil do Mapa da Fome. Uma conquista que nos motiva a continuar avançando rumo a uma alimentação cada vez mais farta e saudável para toda a população – afirmou.
O presidente do CNPq, o Acadêmico Hernan Chaimovich, anunciou o tema da próxima edição do Jovem Cientista: ciência e tecnologia social para aprender. Segundo ele, é importante que a ciência seja tão popular quanto o futebol no país.
– Todo brasileiro conhece um jogador de futebol, mas nem todos conhecem um cientista. O prêmio quer colaborar para quebrar esse desconhecimento – disse Hernan.
Beatriz Gerdau, vice-presidente do Instituto Gerdau, parabenizou os ganhadores, ao mesmo tempo em que ressaltou a parceria com o governo federal, com a Fundação Roberto Marinho, entre outros integrantes, para a realização do prêmio.
– O caminho do crescimento e da competitividade passa pela inovação e pela ciência – disse Beatriz.
Paulo Macedo, da BG Brasil, também enfatizou a importância do incentivo à inovação para o futuro do país.
Os três primeiros colocados em cada categoria ganham uma bolsa de estudo do CNPq e prêmios que variam de R$ 12 mil a R$ 35 mil – exceto os estudantes de ensino médio, que, no lugar de dinheiro, recebem laptops.
O anúncio dos vencedores já havia sido feito, em maio, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Hoje, foi feita a entrega formal dos prêmios no Palácio do Planalto.