O presidente da ABC, Jacob Palis, entregou à presidente da República, Dilma Rousseff, um documento que apresenta a posição da ABC sobre o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento. O novo projeto foi lançado durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), presidido por Rousseff, na quarta-feira, 25 de junho.
Além da presença de Jacob Palis, a reunião teve a participação do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, do diretor da ABC e diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), João Fernando Gomes de Oliveira, entre outras autoridades.
O documento foi elaborado conjuntamente por diretores e membros da ABC. O presidente da Academia afirma que o projeto pode ser um importante instrumento para ampliar a inovação no país. “Para isso, contudo, também é necessário formar bons cientistas, apoiar a produção científico-tecnológica e buscar mais recursos para pesquisa & desenvolvimento (P&D)”, acrescenta.
A posição da ABC foi registrada na ata do conselho. Leia, abaixo, o documento entregue à presidente da República:
“Brasília, 25 de junho de 2014
A ABC julga que o Projeto Plataformas do Conhecimento, lançado hoje em Reunião do Conselho de Ciência e Tecnologia – CCT, e cuja implementação está prevista para os próximos dois a três anos, com duração de cerca de dez anos para cada uma delas, pode constituir-se em importante instrumento para elevar a P&D no país a patamares bem mais elevados que os atuais; por exemplo, até dobrar em cinco anos, com correspondente agregação de valores para nossos produtos exportáveis.
Ao mesmo tempo, é fundamental ter-se em conta que países que avançam substancialmente, em termos de seu PIB, em Inovação e Comércio Exterior, têm igualmente feito investimentos crescentes em C&T, como é o caso da China e da Coreia do Sul. Assim, a ABC julga como de primeira importância a implementação de um vigoroso crescimento dos atuais programas do MCTI, como também do MEC, na formação de novos pesquisadores e na cooperação internacional, em paralelo aos investimentos do Projeto Plataformas do Conhecimento, com novos recursos. Cabe ressaltar a importância de contratações de alto nível de pesquisadores estrangeiros, de forma competitiva internacionalmente. Neste sentido, um instrumento jurídico que deve ser considerado para as Plataformas é o de organização social.
Também devemos garantir a transparência na seleção das prioridades a serem implementadas, inserindo na discussão de temas a comunidade científica e empresarial, através de suas entidades representativas e dos conselhos pertinentes como o CCT.
O sucesso de um programa desse tipo depende ainda do fortalecimento da pesquisa nos institutos e Universidades. Neste sentido, acreditamos que Plataformas nestas instituições devem ser contempladas.
Presidente”
Saiba mais sobre o lançamento do Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento.