Coragem de mudar, determinação, talento, visão de futuro e solidariedade são qualidades que marcam os vencedores do Prêmio Faz Diferença desde que ele foi criado, em 2003. Na sua 11ª edição, o Faz Diferença – uma iniciativa do Globo, que tem o patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) – homenageia os brasileiros que mais se destacaram em 2013. São pessoas, instituições e empresas que contribuíram para transformar o Brasil num país melhor, com seu trabalho, suas iniciativas e seus exemplos.
Para chegar aos vencedores de 2013, jornalistas de cada uma das editorias do Globo indicaram os três nomes que mais se destacaram nas páginas do jornal, pela atuação em suas áreas, por ajudarem a escrever a história do país ou por protagonizarem fatos importantes. Além disso, a Firjan indicou três empresas para a categoria Desenvolvimento do Rio, num reconhecimento àquelas que mais conseguiram aliar visão de negócios, respeito aos funcionários e ao meio ambiente e ênfase em projetos sociais.
Foram selecionados candidatos para 17 categorias e, mais uma vez, O Globo premia a Personalidade do Ano, escolhida por um júri especial, formado por cinco jornalistas do jornal e por um representante da Firjan. Os vencedores do Prêmio Faz Diferença de 2013 receberão um troféu, numa cerimônia em março.

Categoria Ciência/Saúde
O vencedor deste ano foi o Acadêmico Roberto Lent, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. No vestibular, na década de 60, Roberto Lent ficou dividido entre cinema e medicina. Optou pelo segundo porque, à época, o curso de cinema estava na Universidade de Brasília, que sofria ações de militares na ditadura.
Hoje um dos maiores neurocientistas do país, Lent diz que parte de suas decisões importantes foram “por acaso”. Também por acaso entrou no Partido Comunista aos 18 anos e acabou preso. O que ficou, ao longo do tempo, foi seu fascínio por arte, política e a missão divulgar o conhecimento. Além de professor, é um dos principais promotores da ciência no país. Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Lent é um dos fundadores da revista “Ciência Hoje”; autor de artigos científicos e livros sobre o cérebro; agora, está na organização do Congresso Mundial do Cérebro, que será no Rio de Janeiro em 2015, a primeira vez na América Latina. Lent defendeu a causa, superando Toronto e Durban. “As ciências do cérebro são a grande fronteira do século XXI”, defende.
Ele concorreu com outros dois excelentes candidatos: Alysson Muotri, pesquisador do Instituto Salk, nos EUA, um dos principais nomes do mundo em autismo que destacou-se recentemente por detectar e curar um neurônio autista, abrindo portas para uma terapia, e Luiz Loures, epidemiologista que foi nomeado este ano o vice-diretor-geral do Programa de Aids das Nações Unidas, e se tornou também secretário-geral assistente da ONU. Loures está à frente das principais iniciativas mundiais de prevenção e combate à Aids.