O Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do jornal O Globo, chega à sua décima primeira edição. Mais uma vez, serão homenageados os brasileiros que contribuíram, com o seu trabalho e o seu talento, para mudar o país. E os leitores estão convidados a participar, ajudando a escolher, com seu voto, as pessoas e as instituições que mais se sobressaíram ao longo de 2013. A votação popular, através da internet, começa dia 30 de novembro e vai até o dia 12 de janeiro.
Como nas versões anteriores, jornalistas de cada uma das editorias do Globo indicam as três pessoas ou instituições que mais se destacaram nas páginas do jornal este ano, pela atuação em suas áreas, ajudando a escrever a História do país ou protagonizando fatos importantes. Além disso, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que patrocina o prêmio, indicou três empresas para a categoria Economia/Desenvolvimento do Rio, num reconhecimento àquelas que mais conseguiram aliar visão de negócios, respeito aos funcionários e ao meio ambiente e ênfase em projetos sociais.
São, portanto, três indicados em 17 categorias: País; Rio; Economia; Economia/Desenvolvimento do Rio; Mundo (brasileiros ou instituições brasileiras que fizeram a diferença fora do país); Esportes; Prosa & Verso (literatura brasileira); Revista da TV; Revista Amanhã (os destaques nas áreas ambiental, econômica e social, que compõem o tripé da sustentabilidade); Ciência/Saúde; Revista O GLOBO; Ela (moda brasileira); Segundo Caderno/Cinema; Segundo Caderno/Teatro;Segundo Caderno/Artes Visuais; Segundo Caderno/Música; e Educação.
Os três indicados de cada categoria serão submetidos a um júri, composto por votos de jornalistas do Globo, do vencedor do ano passado e da votação popular pela internet. Só é possível votar uma vez em cada categoria. Ainda como nos anos anteriores, O Globo premiará a Personalidade do Ano, escolhida por um júri especial, formado por cinco jornalistas e pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. O resultado será publicado num caderno especial, em 25 de janeiro. Os vencedores receberão um troféu, numa cerimônia em março.
Na área de Ciência, o Prêmio Faz Diferença já foi outorgado aos Acadêmicos Jerson Lima Silva (2012), Stevens Rehen (2011) – membro afiliado da ABC no período de 2008 a 2012 -, Jacob Palis (2010), Carlos Nobre (2007), Mayana Zatz (2005) e Radovan Borojevic (2003). A categoria Revista Amanhã teve início em 2012. Em 2011, o Acadêmico Miguel Nicolelis foi premiado na categoria Personalidade do Ano.


Veja os candidatos desse ano:
CIÊNCIA/SAÚDE

Alysson Muotri
O pesquisador do Instituto Salk, nos EUA, é um dos principais nomes do mundo no estudo autismo. Destacou-se recentemente por detectar e curar um neurônio autista, abrindo portas para o desenvolvimento de uma terapia contra a síndrome. Formado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com doutorado em biologia genética na Universidade de São Paulo (USP), foi um dos primeiros pesquisadores brasileiros a cultivar células-tronco embrionárias. O geneticista já publicou mais de 20 artigos nas mais respeitadas revistas científicas do mundo. Em 2000, ele recebeu a menção honrosa para trabalho científico da Sociedade Brasileira de Virologia.
Luiz Loures
O epidemiologista brasileiro foi nomeado este ano o vice-diretor-geral do Programa de Aids das Nações Unidas. Com a nomeação, ele se tornou também secretário-geral assistente, ligado diretamente ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Loures está à frente das principais iniciativas mundiais de prevenção e combate à epidemia. O médico acredita no protagonismo brasileiro neste cenário e afirma que o país pode ser o primeiro do mundo a declarar o fim da epidemia até 2030. Loures trabalhou no Ministério da Saúde no Brasil e participou ativamente da criação do Programa Nacional de DST/Aids do país, reconhecido internacionalmente. Coordenador de uma das primeiras unidades de Aids do Brasil e um dos pioneiros do bem-sucedido programa de Aids do país, ele é uma das maiores referências mundiais em HIV.
Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o neurocientista e membro titular da Academia Brasileira de Ciências Roberto Lent está coordenando a vinda, pela primeira vez, em 2015, do Congresso Mundial do Cérebro, que, a cada quatro anos, reúne os maiores especialistas em neurociência. A disputa foi acirrada, mas o Rio de Janeiro conseguiu bater concorrentes de peso, como Dublin e Toronto. Para levantar recursos para a conferência e popularizar o tema, o cientista começou a organizar este ano uma série de palestras sobre neurociência. No ano que vem, a ideia é trazer grandes nomes da área, como Oliver Sacks.
REVISTA AMANHÃ

É membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o principal documento científico sobre o aquecimento global, que este ano reforçou a visão de que o homem é responsável pelo aquecimento do planeta. Em 2013, Nobre foi nomeado para o Painel de Alto Nível para Sustentabilidade Global, criado para formular um novo projeto de desenvolvimento sustentável e de baixo carbono. Com mandato até a realização da conferência do clima de 2015, ele será um dos responsáveis na reformulação do papel do IPCC dentro da ONU. O climatologista defende outras formas de energia, e aposta que a economia verde pode gerar mais empregos do que uma baseada em combustíveis fósseis.
Mario Moscatelli
É hoje o mais conhecido defensor das lagoas, de manguezais e da Baía de Guanabara. Desde 1989, trabalha na reinserção da vegetação original da Lagoa Rodrigo de Freitas. Nos últimos anos, o biólogo vem registrando em fotos aéreas a poluição das águas cariocas. As imagens evidenciam situações preocupantes, com a ocupação de áreas verdes por condomínios, favelas e lixões, além da poluição e as crescentes manchas de óleo, esgoto e lixo que aumentam a cada mês. Moscatelli acumula experiências positivas de reversão do passivo ambiental nestes ambientes, entre elas a recuperação do entorno do lixão de Gramacho, hoje extinto.
Sérgio Besserman
Estuda as consequências econômicas e sociais da mudança climática global desde 1992, tendo participado do Executive Program On Climate Change &Development, no Harvard Institute for International Development da Harvard University. Ano após ano, ele vem fomentando o debate pelas causas ambientais, sempre defendendo ideias criativas para tentar contornar a crise ecológica. Atualmente, é uma das raras personalidades a unir um amplo conhecimento em macroeconomia com um aprendizado sobre as cidades e suas populações, aprofundado durante seu trabalho como pr
esidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP). Com isso, soube aproximar movimentos sociais recentes e tradicionais e ajudou a articular ações que unem cidadania e sustentabilidade.