Uma vez que o ensino de ciências apresenta suma importância no desenvolvimento de um país, elaborou-se o projeto “Aventuras na Ciência” – organizado em conjunto pela Universidade de São Paulo (USP), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A iniciativa ainda conta com o patrocínio do Ministério da Educação e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Ces).

Completamente envolvido no projeto, o professor emérito da UFRJ Herch Moysés Nussenzveig (na foto ao lado) – membro titular da ABC desde 1961 – faz parte de sua coordenação. Além de Nussenzveig, também figuram como coordenadores do “Aventuras na Ciência” os Acadêmicos Carlos Henrique de Brito Cruz, Beatriz Leonor Silveira Barbuy, Mayana Zatz, Vanderlei Salvador Bagnato e Henrique Eisi Toma. A bióloga Eliana Dessem e o matemático Eduardo Colli são os outros componentes do quadro de coordenação da iniciativa.

De acordo com eles, uma das principais carências do país encontra-se em seu ensino experimental. Observando que, na maior parte das escolas brasileiras, os jovens não têm acesso a laboratórios nos quais possam manipular objetos reais de seu estudo e perceber como se aplicam os conhecimentos adquiridos em sala de aula, o grupo procura contribuir para a promoção de um salto na qualidade do ensino de ciências do Brasil.

Por meio da recuperação da curiosidade inata dos jovens, bem como de seu interesse pela compreensão da natureza e do mundo onde vivemos, os cientistas idealizadores do “Aventuras na Ciência” desejam estimular a criatividade e a paixão pela descoberta – promovendo, dessa forma, uma iniciação na grande aventura da Ciência.

O projeto é composto por kits. Cada um deles vem acompanhado de um folheto no qual estão descritos os resultados nele contidos e um pouco da história dos cientistas que os descobriram. Os kits também incluem um manual de instruções sobre como realizar os experimentos propostos. O diferencial da proposta é que os jovens podem levar esse material para suas casas e realizarem os experimentos por gosto – não por obrigação, como acontece no caso dos deveres escolares.

Em vídeo explicativo disponível no site do projeto, o Acadêmico Herch Moysés Nussenzveig diz que, como acontece com um cientista sem seu laboratório, nem sempre o experimento dará certo. O estudante deverá descobrir sozinho o que aconteceu e consertar o que falhou, pois é assim que mais se aprende.

Ainda de acordo com Nussenzveig, falando em nome da equipe coordenadora do projeto, as crianças em idade pré-escolar demonstram uma curiosidade insaciável sobre tudo que as rodeia. O mesmo acontece com os cientistas. “O projeto dos kits nasceu da convicção de um grupo de cientistas de que poderíamos dar uma contribuição relevante ao ensino médio de ciências, estimulando a curiosidade inata, recuperando o prazer de descobrir o porquê das coisas, usando recursos individuais para experimentação e gerando pequenos laboratórios caseiros”, explicou.

No vídeo, ele ainda conta que a escolha do nome “Aventuras na Ciência” é uma busca por transmitir a ideia de que a Ciência constitui uma das maiores aventuras do espírito humano.

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