A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (14) a criação do Plano Inova Empresas, que prevê aporte de R$ 32,9 bilhões até 2014 para incentivar empresas a investir em inovação tecnológica. Ela divulgou ainda a criação da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O Plano Inova Empresa, segundo informações do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pasta que coordenará o programa, visa impulsionar a produtividade e a competitividade de empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços.
Dilma e o ministro Marco Antonio Raupp anunciaram o plano e a criação da Embrapii durante reunião, no Palácio do Planalto, da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo de empresários e executivos que fazem pesquisa em desenvolvimento.
O plano deverá disponibilizar R$ 20,9 bilhões em crédito para empresas com taxa de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, com quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. De acordo com o MCTI, os recursos serão executados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O governo vai disponibilizar também outras linhas especiais de financiamento a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, como subvenção econômica a empresas (R$ 1,2 bilhão), fomento para parceria entre instituições de pesquisa (R$ 4,2 bilhões) e participação acionária em empresas de base tecnológica (R$ 2,2 bilhões).
Embrapii
A recém criada Embrapii – que se espelha na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) -, terá orçamento de R$ 1 bilhão até 2014, segundo o MCTI. Esses recursos serão bancados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e por parceiros, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o ministério, a Embrapii será uma organização social com a missão de fomentar a cooperação entre empresas nacionais, em especial as pequenas e médias, e instituições tecnológicas voltadas a pesquisa e desenvolvimento.”A Embrapii nada mais é do que uma estrutura ágil que vai fazer o casamento, ser um catalisador entre a demanda empresarial e a oferta de serviços tecnológicos, de infraestruturas existentes”, disse em discurso o ministro Marco Antonio Raupp.