Durante encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no dia 21 de junho, na Rio+20, os governos brasileiro e chinês elevaram o nível de sua parceria para “estratégia global”. Eles assinaram acordos no âmbito do Plano Decenal de Cooperação 2012-2021, nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura, transporte, indústria, financeira, econômico-comercial, cultural, educacional e intercâmbio entre sociedades civis.
Os dois mandatários ratificaram que a ênfase ao plano está diretamente ligada à cooperação nos setores da ciência, tecnologia e inovação, considerada fundamental para a promoção do bem-estar de seus povos e a inserção internacional adequada de ambos os países na economia do conhecimento.
As novas iniciativas conjuntas englobam segmentos como nanociência e nanotecnologia, meteorologia, meio ambiente, mudanças do clima, tecnologias do bambu, energias limpas, renováveis e economia verde, biotecnologia e tecnologias agrícolas, tecnologia da informação e das comunicações (TICs) e promoção do diálogo entre parques tecnológicos, com vistas a associações entre pequenas e médias empresas de base tecnológica de ambos os países.
A assinatura dos acordos estabelece a criação dos centros virtuais conjuntos Brasil-China de Satélites Meteorológicos e de Biotecnologia, que poderão contemplar atividades de pesquisa conjunta em áreas como informação meteorológica, alerta sobre desastres naturais, biomedicina, bioinformática e biomateriais.
Ciência sem Fronteiras
Brasil e China também assinaram acordo para intercâmbio de estudantes no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras, com a participação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Acadêmico, Jorge Guimarães. O documento, que envolve a Capes e o China Scholarship Council, beneficiará até 5 mil estudantes brasileiros de 2012 a 2015.
A parte chinesa oferecerá, anualmente, 250 bolsas de estudos. O governo chinês isentará mensalidade e taxa de matrícula de 600 vagas. Pelo acordo, serão oferecidas bolsas de estudos nas áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras – como engenharias, ciências da natureza e energia renováveis – para cursos de graduação, graduação-sanduíche e pós-graduação. As vagas estarão disponíveis em instituições que ofereçam aulas em inglês.
Os dois países também firmaram parceria para a criação de um centro de cultura brasileira na China e um centro de cultura chinesa no Brasil – o primeiro na América Latina. “Com isso, pretendemos estimular a difusão tanto da cultura dos dois países, quanto da língua”, ressaltou Mercadante.
Satélites
No encontro, as autoridades confirmaram a decisão de ampliar os esforços conjuntos com vistas ao lançamento dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres CBers-03, em 2012, e CBers-04, em 2014, e concordaram quanto ao interesse em estimular o trabalho conjunto para a distribuição internacional dos dados daqueles satélites.
Confira todos os atos assinados entre Brasil e China no link: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/atos-assinados-por-ocasiao-da-reuniao-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-com-o-primeiro-ministro-da-republica-popular-da-china-wen-jiabao-2013-rio-de-janeiro-21-de-junho-de-2012.
Confira o comunicado conjunto dos dois países: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-conjunto-entre-brasil-e-china-2013-rio-de-janeiro-21-de-junho-de-2012.