A Acadêmica Manuela Carneiro da Cunha foi convidada pelo Collège de France para assumir a cátedra anual “Saberes contra a Pobreza”, criada em 2009. O curso contará com uma aula inaugural no dia 22 de março, às 18h, e mais oito conferências e um colóquio, tendo como tema principal “Saberes Tradicionais”. Além disso, será feita uma homenagem ao cinquentenário do livro “O pensamento selvagem”, de Claude Levi-Strauss.
Cunha estudou matemática na Faculdade de Ciências de Paris antes de se dedicar à Antropologia. No Brasil, deu aulas de Antropologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de São Paulo (USP) . Em 1994, foi nomeada professora da Universidade de Chicago, onde lecionou até 2009. Desde 2008, coordena projeto acerca dos efeitos das políticas do patrimônio sobre os conhecimentos tradicionais, no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), desenvolvido com apoio da Fundação Ford. Participa de forma ativa na defesa dos direitos das populações tradicionais. Além de membro da ABC, é também da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS). Em 1993, recebeu o Prêmio de Francofonia da Academia Francesa. Seus trabalhos abordam temas sobre etnologia amazônica, identidade étnica, história indígena e história da legislação brasileira sobre as populações indígenas, além de conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais correspondentes.
22 de março |
Aula inaugural: Qual a natureza e quais são as contribuições dos saberes tradicionais? |
29 de março |
Natureza, objetos e métodos dos saberes tradicionais |
5 de abril |
Regimes do saber |
12 de abril |
Saberes tradicionais: quais as relações com os saberes acadêmicos? |
3 de maio |
Saberes tradicionais: quais são suas contribuições? |
10 de maio |
Um exemplo: a agrobiodiversidade |
24 de maio |
Sobre a mandioca na Amazônia |
31 de maio |
Outro exemplo: o aquecimento do globo |
7 de junho |
Direitos intelectuais e saberes tradicionais: questões e empasses |
14 e 15 |
Colóquio: Homenagem ao Pensamento Selvagem – Natureza, relações e contribuições dos saberes tradicionais |
Para maiores informações, acesse o site do Collège de France.