O Acadêmico Eloi de Souza Garcia, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, assessor do Inmetro e pesquisador do CNPq, enviou o seguinteartigo ao JC e-mail:

“A comunidade educacional discute uma nova maneira de ensinar que adaptem as novas gerações que são influenciadas pela tecnologia moderna, pela sociedade globalizada, mas que acima de tudo, que estimula a imaginação e a criatividade.

É tempo de utopia na educação e esta convicção deve se revestir e recobrir de renovação na aprendizagem e ciência como chave para chegar a um modelo para a sociedade moderna. Educação e ciência são duas faces de uma mesma moeda. Por isso se necessitam e se encaixam e devem ser consideradas juntas.

Deve-se associar a imagem do professor com a do cientista. Transferir e produzir conhecimentos são pontos comuns. Educar não é somente ter escolas e universidades. É a formação integral do estudante e envolve uma compreensão razoável, entendimento mútuo e diminuição da coesão “caótica” educacional existente.

A educação é uma aposta no futuro e na mudança do país. Ela ajuda a formar profissionais mais flexíveis, competentes, críticos e analíticos. Os estudantes querem aprender o que está acontecendo e não somente o que alguns professores infelizmente repetem em sala de aula. A melhor forma de aprender é fazendo, colocando “as mãos na massa”.

Confúcio tem uma frase expressiva que diz: 1quando me contaram, esqueci; quando vi, entendi; quando fiz, aprendi1. Esta metodologia implica na experimentação, na busca de solução aos problemas e na relação mais próxima entre o educador e o aluno. Os estudantes precisam de motivação para aprender algo que seja útil às suas vidas e à sociedade.

Deve-se sempre evitar a frase de Einstein: a educação é o que sobra depois que esqueci o que aprendi na escola ou a de Churchill: sempre gostei de aprender, o que não gosto é o que me ensinam na escola.

É tempo de construir este sistema educacional em que o ensino reforce a criatividade e desenvolva a inteligência em todos os níveis bem como aumentar o número de crianças indo para o ensino fundamental, do fundamental para o ensino médio de qualidade e deste para uma universidade de excelência.

A emancipação dos jovens através do ensino e o saber crítico constituem o núcleo central que dá mais sentido à educação e aos países que almejam o desenvolvimento e melhoria da população. Se nos próximos 20 anos formos capazes de prover uma aprendizagem de qualidade para os nossos jovens, em todos os níveis, faremos o melhor para o nosso país.”