A reunião promovida pela ABC com autoridades regionais da área de C&T na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, na manhã do dia 17 de junho, foi interessante e proveitosa. O presidente da ABC, Jacob Palis, abriu a sessão cumprimentando os presentes e destacando a importância do tema.

O Acadêmico Roberto DallAgnol, coordenador da área de Geociências da Capes e professor associado da UFPA, iniciou os trabalhos esclarecendo que a proposta do encontro era levantar novas ideias relativas à formação de pessoal, a serem encaminhadas pelas instituições da região e pela ABC, para que a Amazônia possa desenvolver-se de forma sustentável.

O vice-presidente da ABC para a Região Norte Adalberto Val, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), disse que os programas de pós-graduação precisam gerar emprego e renda para a Amazônia. Reconheceu que houve um avanço muito significativo nos últimos oito anos, mas observou que 23 das áreas da Capes não têm nenhum programa na Amazônia, em áreas fundamentais como Bioquímica, Imunologia, Computação, diversas Engenharias e outras.

A reitora da Universidade do Estado do Pará (UEPA) Marília Brasil, médica e professora universitária, observou que as políticas públicas existentes ainda não são satisfatórias. “Precisamos estabelecer uma relação sinérgica entre as instituições, os estados têm que interagir, assim como as universidades. O governo precisa ser mais pró-ativo, precisa estimular o desenvolvimento das cadeias produtivas para transformar a realidade da Amazônia.”

O documento da Academia – Amazônia: Desafio Brasileiro do Séc. XXI – é revolucionário, de acordo com o Acadêmico Carlos Nobre, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pois propõe a quebra do paradigma, focalizando o desenvolvimento sustentável através da CT&I de forma inovadora e forte. “Isso exige pressão política. Essa reunião pode gerar um documento com sugestões para os candidatos a presidente”, ideia que foi apoiada por todos os presentes.


Jacob Palis, Horácio Schneider, José Seixas Lourenço, o assessor da ABC
Marcos Cortesão (atrás), Carlos Nobre, Emmanuel Tourinho (atrás),
Luiz Hildebrando, Ubiratan Bezerra, Roberto DallAgnol (sentado)

Gargalo 1: é preciso pelo menos duplicar o número de doutores

DallAgnol observou que a população da Amazônia corresponde a 10% da população do país e o PIB da Amazônia compõe 8% do PIB nacional, mas a região detém apenas 4% dos cursos de pós-graduação do Brasil. “Reproduzimos internamente os mecanismos que vêm de fora. Ainda não há a descentralização necessária, 50% dos cursos de doutorado da Região Norte estão na UFPA. É preciso fortalecer as universidades do interior do Pará e Amazonas e dos outros estados menores”.

O Acadêmico, incumbido de conduzir a reunião, afirmou que o quadro real mostra o gargalo crítico na formação de doutores, extremamente inferior às necessidades da região. “A taxa proposta pela Capes em 2004, que requereria triplicar o número de doutores, não foi alcançada”. No novo Plano Nacional de Pós-graduação que está sendo elaborado pelo Governo Federal, DallAgnol avalia que a Região Norte pode almejar que a sua pós-graduação corresponda a sua população ou ao seu PIB.

O psicólogo Emmanuel Tourinho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFPA, afirmou que as instituições da região estão fazendo o possível. “A taxa de crescimento da pós-graduação na Amazônia é maior do que a média brasileira, tendo sido beneficiada por políticas públicas da Capes, como o Programa Novas Fronteiras e o Programa Bolsas para Todos”. Mas reconhece que esse crescimento é ainda absolutamente insuficiente para as necessidades da região. Dos 28 mil professores já contratados na região apenas 4 mil têm doutorado; 15 mil têm apenas especialização e menos de 40 anos, segundo Val.

“O desafio de formar doutores na Amazônia e na região Centro-Oeste é muito grande, mas tem que ser enfrentado se pretendemos alcançar a taxa de 2% do PIB para CT&I em 2020”, ressaltou o presidente da ABC, Jacob Palis. “Para tanto, é preciso no mínimo dobrar o contingente de recursos humanos na área de C&T, inclusive técnicos, pois temos que compor os quadros de infraestrutura de forma global”, afirmou.

Gargalo 2: formação de técnicos é fundamental

A formação de técnicos especializados na Amazônia é necessária não só para suprir a demanda das universidades como também das empresas dos novos parques tecnológicos, segundo o diretor presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Ubiratan Bezerra, professor de Engenharia Elétrica da UFPA.

Uma ideia nesse sentido é a criação de institutos tecnológicos, visando a formação de recursos humanos em nível técnico e tecnológico, complementar à academia. Para o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Nilson Gabas Jr., especialista em línguas indígenas brasileiras, essa é uma boa solução. “O Museu não diploma, fazemos parcerias com universidades. Poderíamos fazer o mesmo com os institutos tecnológicos.”

A fitoquímica afiliada a ABC Sandra Zanotto, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Tecnologia e Recursos Naturais da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), deu um exemplo concreto. “No Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), por exemplo, todos os sofisticados equipamentos existentes estão subutilizados por falta de técnicos especializados para fazer as análises, para as quais há demanda. Os pesquisadores daqui que precisam de análises vão para o Sul, o Sudeste ou para a França e outros países para utilizar equipamentos que existem ali no CBA”.

O Acadêmico Luiz Hildebrando Pereira da Silva, diretor do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia (Ipepatro), acha que é importante haver uma concentração em estudos de biodiversidade. “E esta é uma área que precisa de recrutamento em todos os níveis, principalmente mateiros e outros profissionais de nível médio”, acrescentou.

Gargalo 3: produção científica de gestores se torna pequena

A bióloga Izildinha Miranda, pró-reitora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), declarou que na sua universidade 70% dos docentes são doutores e, dos que não são, a metade está em cursos de doutoramento.

Para ela, no entanto, o maior gargalo na Amazônia é a produção científica. “Todas as universidades da região tem esse problema. O nível de cobrança da Capes é muito alto, nossos cursos tem conceito 3 no mestrado e 4 no doutorado. Como vamos subir o nível dos cursos existentes e implantar novos se nossos docentes não têm produção científica suficiente, de acordo com o padrão estabelecido pela Capes?” Segundo ela, se o professor paulista consegue subir seus indicadores a Capes também sobe, e a Região Norte não consegue alcançar.

Além de terem boa produção científica, os pesquisadores da região têm que dar aula na graduação e atuar como gestores das instituições. “Essas múltiplas atividades prejudicam a pesquisa”, defendeu Marília Brasil, da UEPA. Ainda assim, DallAgnol advertiu: “Não tem como descer o nível, temos que nivelar por cima mesmo para termos padrão de qualidade internacional. Temos que incentivar a cultura de domínio de língua estrangeira e da publicação em revistas de alto nível.”

O reitor da Universidade Federal do Amapá (Unifap) José Carlos Tavares Carvalho, farmacólogo, apresentou-se como representante de um estado jovem que tem 89% de sua área de floresta preservada e defendeu a meritocracia. “Não podemos baixar o nível para ter mais pessoas nas nossas instituições, mas é fato que os jovens doutores não têm experiência ainda para conduzir as ações de cooperação nacionais e internacionais necessárias para fazer crescer nossa estrutura, a produção científica de recém-doutores ainda é pequena”.

Sandra Zanotto alertou que os coordenadores de pós-graduações – que em geral são recém-doutores – não têm infraestrutura, não têm apoio técnico ou administrativo “e acabam se tornando maus gestores em vez de pesquisadores de excelência”, pois não conseguem manter o ritmo desejável de publicação de artigos.


José Carlos Tavares Carvalho, Nilson Gabas Jr., Marilia Brasil,
Paulo Sergio Beirão, Sandra Zanotto, Jorge Porto,
Cecilia Nunez e Izildinha Miranda

Solução é investir mais cedo: educação básica e iniciação científica

Palis reforçou a necessidade de ampliar a identificação de talentos na educação básica e na graduação, além de fortalecer as bolsas de iniciação cientifica. Para José Seixas Lourenço, reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o programa de bolsas de iniciação científica é um excelente mecanismo para identificação e desenvolvimento de talentos regionais.

A geneticista e professora da UFPA Ândrea Ribeiro dos Santos, afiliada da ABC, concordou com Seixas Lourenço, afirmando que a iniciação científica é o grande propulsor de formação de recursos humanos. “Os alunos que vem da iniciação científica são os que, mais adiante, conseguem obter as bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq”. DallAgnol é da mesma opinião e destacou que o número de bolsas de iniciação científica ofertado hoje pelas agências governamentais é insuficiente para atender às demandas existentes e precisa ser ampliado com urgência, para viabilizar a expansão do sistema.

O gargalo da educação básica faz com que não haja massa crítica suficiente para formar doutores. “Se hoje não existem doutores em quem investir, temos que investir na iniciação científica para termos mestres e doutores mais à frente – os doutores de 2020 serão os alunos que estão concluindo agora o ensino médio. Essas ações têm que ter uma perspectiva de longo prazo”, afirmou o Acadêmico Paulo Sergio Lacerda Beirão, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do grupo de trabalho do Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020 do Governo Federal.

A implantação de um Centro de Difusão e Popularização de Ciência na Amazônia para atingir os alunos de ensino básico e a população em geral foi a sugestão do membro afiliado da ABC Luis Carlos Bassalo Crispino, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física da UFPA – o primeiro curso de doutorado em Física da Amazônia, com nota 4 da Capes.

Redes de excelência atraem bons pesquisadores

Assim como a ABC criou vice-presidências regionais, devem ser criadas redes de excelência regionais, na visão de Luiz Hildebrando. Tourinho observou que os programas em rede são uma estratégia possível e interessante para a expansão da pós-graduação na Região Norte, mas esbarra em limitações técnicas. Ele observou que o discurso no país sobre necessidade de superar assimetrias regionais evoluiu para interregionais, intra-áreas e outros níveis de interação que diluíram o foco inicial.

A criação de redes – como a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte) – é um caminho para criar programas de doutoramento que resultem na implantação de mais mestrados, de acordo com Tavares Carvalho, da Unifap. Para ele, “è preciso fortalecer as relações interinstitucionais. A interação com a França é desejável, dada a fronteira do Amapá com a Guiana francesa, mas os professores de lá demonstram mais interesse em interagir com o Sudeste e o Sul do Brasil. E há ainda a dificuldade da língua”, apontou.

O coordenador do Programa de Pós-graduação em Genética do INPA, Jorge Porto, membro do Conselho Diretor da rede Bionorte, apoia os programas multi-institucionais em rede para romper o paradigma vigente na Capes. “A maioria dos programas regionais são de nível 4 e por isso há impedimento de interação regional, para o que é exigido no mínimo nível 5. Essa questão deve ser reavaliada para a Região Norte”.

Mesmo com poucos doutores, as universidades da região concentram todos eles. Segundo Bezerra, da Fapespa, não há doutores nas empresas da Amazônia. “Precisamos ainda desenvolver a cultura da inovação, da pesquisa e do desenvolvimento de novos produtos nas empresas locais.”

Grandes programas na região podem contribuir muito

O Acadêmico Carlos Nobre falou sobre sua experiência no Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia (LBA), projeto iniciado como experimento em 2007 e que se tornou um programa de governo. Sob a coordenação cientifica do INPA, é uma das maiores experiências científicas do mundo na área ambiental: soma 156 projetos de pesquisa (100 deles já finalizados), desenvolvidos por 281 instituições nacionais e estrangeiras.

“O que aprendemos com o LBA é que formar pessoal em uma ciência interdisciplinar ambiental adianta muito”. Contou que docentes que saíram do LBA foram nucleadores do mestrado em Física Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da graduação em Física da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, e do doutorado em Clima e Meio Ambiente do INPA. “São cursos caracterizados pela forte pesquisa de campo e pelo desenvolvimento de ciência de ponta.”

Adalberto Val reforçou a idéia. “Projetos do porte do LBA atraem recursos humanos qualificados e viabilizam a consolidação de novos grupos”. Seixas Lourenço, da Ufopa, concordou com Nobre a respeito da formação em áreas interdisciplinares. “Encaminhamos para a Capes, inclusive, a proposta de um doutorado intitulado Sociedade, Natureza e Desenvolvimento.”

Recursos existentes podem ser mais bem explorados

O diretor do INPA apontou propostas em três níveis: o primeiro seria a revisão dos marcos regulatórios, especialmente as Leis 8.666 e 8.112, esta última tratando da regularização da contratação. “Bolsas não fixam pessoas, é preciso dar uma perspectiva de longo prazo e para isso precisamos de novas formas de vincular pesquisadores às instituições na Amazônia”, afirmou Val. Outro ponto é infraestrutura, que precisa ser moderna e atrativa, e o terceiro seria a cooperação nacional e internacional. “Os núcleos poderiam interagir com bolsistas de produtividade em pesquisa que ajudaria a treinar e capacitar pessoal na própria região até a consolidação dos grupos. Isso poderia ser feito com o apoio do Programa de Bolsas de Produtividade do CNPq, envolvendo os princpais bolsistas de todasas regiões do país”, sugeriu Val.

Para Gabas, do MPEG, é preciso que haja uma melhor utilização dos mecanismos já existentes. Os projetos de Doutorado Interinstitucional (Dinter), por exemplo, possibilitam a alunos de doutorado cursarem parte das suas atividades no campus de outra instituição que não aquela a que ele se vincula. Esse tipo de iniciativa permite a utilização da competência de programas de pós-graduação já consolidados para, com base em formas bem estruturadas de parceria ou cooperação interinstitucional, viabilizar a formação de doutores fora dos grandes centros educacionais.

Val propôs a criação de um Dinter Plus para a Amazônia, ideia apoiada pelo Acadêmico Horácio Schneider, vice-reitor da UFPA. “Não há doutores para preencher as vagas oferecidas nas universidades. Estamos contratando mestres e muitas vezes apenas especialistas”. Luis Carlos Crispino apontou algumas dificuldades. “As bolsas de doutorado têm que ser imediatas, atualmente demoram quatro meses pra sair, isso afasta muita gente”.

Ubiratan Bezerra destacou o papel das FAPs, especialmente com ações complementares às do CNPq, com menos exigências, baseado nas especificidades do estado. “Com relação à educação básica, já damos bolsas a alunos de ensino médio para desenvolvimento de atividades científicas, através de suas relações com professores de universidades que atuam junto a esse segmento.”

Cooperação nacional

Seixas Lourenço, da Ufopa, manifestou o interesse em resgatar, junto com a Capes, o Programa de Bolsas Aristides Pacheco Leão, criado e implementado pela ABC em anos passados, para encaminhar estudantes de uma região do país para laboratórios de outras regiões em suas áreas de interesse.

Val afirmou que a demanda reprimida é muito grande, a procura por qualificação é enorme. Contou que o último exame de seleção para mestrado no INPA teve mil inscritos para 180 vagas. “Dos que não entraram, havia certamente mais uns 200 muito bons”. Quanto às cooperações nacionais, elas podem ser desenvolvidas entre pesquisadores em vez de entre instituições, isso facilita o avanço. “É preciso recrutar orientadores e também jovens talentos para serem fixados”.

Paulo Sergio Beirão, da UFMG, acrescentou a sugestão de criação de grandes programas nacionais, como Botânica na Amazônia, com permissão para contratações temporárias. “Isso daria ao visitante a possibilidade de experimentar a vida na região e às instituições a possibilidade de conhecer primeiro o pesquisador antes de propor contratação”. Sugeriu também um pool de institutos da região para fazer um concurso único, para todas as instituições da região de uma vez só, oferecendo um enxoval aos que passarem.

Outra proposta aceita por unanimidade foi a de criação de institutos temáticos. Para Beirão, eles podem ser definidos por oportunidade ou por problema.”Eles devem visar a geração de soluções, seja para os problemas regionais, como a malária por exemplo, ou pela valorização das oportunidades que a Amazônia oferece, como a biodiversidade”. Deu a Fundação Oswaldo Cruz como exemplo. “O Instituto de Manguinhos foi criado para resolver o problema da febre amarela e se tornou uma grande instituição”.

Pós-doutorados em áreas estratégicas

Todos os participantes da reunião concordaram que um doutor qualificado tem que ser produtivo e multiplicador, e que para tanto têm que ser oferecidos aos doutores já fixados na região bons cursos de pós-doutorado. “Mas para a nucleação de programas estratégicos pesquisadores seniores são fundamentais”, disse Sandra Zanotto. Foi observado que os docentes devem poder atuar em mais de um programa de pós-graduação, fortalecendo assim a multidisciplinaridade.

Val reiterou que grupos de pesquisa consolidados, ou seja, com liderança sênior, também são fatores de atração, e para serem bem aproveitados requerem um sistema mais dinâmico de ofertas de bolsas de pós-doutorado. “É preciso viabilizar também a contratação de profissionais por três, seis, nove anos e depois, definitiva. Ou seja, encontrar alternativas que viabilizem a atração sem sobrecarregar o sistema de C&T.”

Beirão observou que o desenvolvimento sustentável da Amazônia se opõe ao desenvolvimento predatório e que, pelas oportunidades que a região oferece, deveria ser o paraíso dos botânicos, destacando a importância de se incentivar os pós-doutorados nas áreas estratégicas. Deu como exemplo uma iniciativa recente da Fapesp de investimento na área de Bioquímica. “O resultado dessa ação é que São Paulo hoje tem a Bioquímica mais forte do país”. Nilson Gabas concordou que é preciso ter foco. “Temos que estabelecer prioridades, para mim uma delas é a Botânica, que envolve alimentos, pecuária, medicamentos”.

A necessidade de se estabelecer áreas de concentração foi unanimidade. Hildebrando observou que os doutores existentes estão pulverizados pelas diversas áreas. Destacou a área de Biologia Estrutural, que está em alta e que requer interação com físicos para a extração de produtos e sua posterior análise. “Se temos 150 doutores, em vez de termos dois em cada área, o que não rende e fragiliza a estrutura dos Programas, seria melhor ter cinco áreas estratégicas fortalecidas, com 15 doutores em cada uma e os restantes distribuídos pelas outras áreas.” Propôs que a ABC organize ação para estabelecer áreas prioritárias para a criação de cursos na Amazônia, o que foi imediatamente aceito por Palis e agendado, a princípio, para o início de 2011.