O Acadêmico Martin Schmal, do Programa de Engenharia Química da Coppe/UFRJ, foi agraciado com o Prêmio Scopus 2009, uma iniciativa da editora Elsevier em parceria com a Capes. O prêmio é concedido a pesquisadores que apresentam produção científica de alto destaque e excelência retratada na base de dados Scopus, considerada a mais ampla base de resumos e citações de literatura científica mundial.

Desde que foi criado, em 2006, o prêmio foi concedido a mais de 80 pesquisadores latino-americanos. A entrega do Prêmio Scopus será feita, dia 28 de setembro, no Rio de Janeiro.

Colecionador de prêmios, discípulos e admiradores

Reconhecido como um dos maiores especialistas na área de Catálise, Schmal foi o primeiro brasileiro agraciado com o prêmio da Fundação Humboldt, da Alemanha, em 2002, concedido a cientistas de destaque internacional. A premiação foi dada em reconhecimento ao trabalho de pesquisa em catálise ambiental desenvolvido no Núcleo de Catálise (Nucat) da Coppe – implantado por Schmal na década de 70 – que possui parceria com o Fritz-Haber Instituto, do Instituto Max Plank, em Berlim. Conhecido no meio científico como revelador de talentos na área, o prêmio da Fundação Humboldt, criado em 1953, foi concedido a 34 pesquisadores que, posteriormente, receberam o prêmio Nobel.

Filho de judeus alemães, Schmal veio com os pais para o Brasil, em 1939, com pouco mais de um ano de idade. Graduado em engenharia química pela Universidade Católica de São Paulo, em 1964, concluiu o mestrado na Coppe, em 1966, e o doutorado na Universidade Técnica de Berlim, em 1970. Ao retornar ao Brasil, como professor adjunto do Programa de Engenharia Química da Coppe, criou o Nucat e, desde então, vem colecionando prêmios, discípulos e admiradores, no Brasil e no exterior.

Schmal já orientou mais de 80 alunos em dissertações de mestrado e teses de doutorado, publicou mais de 150 artigos em periódicos internacionais e mais de 400 trabalhos em anais de congressos nacionais e internacionais. Professor Emérito da UFRJ desde 2008, é membro do Comitê Internacional de Catálise e coordena o grupo de Célula a Combustível – geração de hidrogênio – do Ministério da Ciência e Tecnologia.