O Acadêmico Alexander Kellner, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi nomeado pesquisador associado do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados da China (IVPP, na sigla em inglês), em julho deste ano. “Foi uma alegria muito grande. Pelo que consta, sou o primeiro brasileiro a ser nomeado para a principal instituição daquele país neste campo”, destaca o cientista.
Kellner ressalta que a nomeação irá contribuir para estreitar os laços entre os pesquisadores brasileiros e chineses. “Projetos, como o que acaba de ser divulgado na minha coluna Caçadores de Fósseis no site Ciência Hoje On-line, sobre um pterossauro excepcionalmente preservado, continuarão a ser desenvolvidos. Essas pesquisas irão promover um maior entendimento da variedade da vida que habitou este planeta antigamente”.
O Acadêmico conta que o IVPP tem pelo menos 50 cientistas atuantes e está ligado à Academia Chinesa de Ciências. O instituto abrange todo o país, conhecido por uma paleontologia forte e influente. “Por causa dessas características, todos os profissionais dessa área querem trabalhar na China”, relata.
Editor dos Anais da ABC há dois anos e Membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1997, Kellner estuda vertebrados fósseis, principalmente, os dinossauros, pterossauros – répteis voadores do período Mesozóico – e crocodilomorfos, que no passado eram mais diversificados, mas, atualmente, são representados pelos jacarés, crocodilos e gaviais. “Trabalho cada vez mais com divulgação científica, organizo exposições e estimulo a participação brasileira em exibições de grande prestígio no exterior”, complementa. Além dessas atividades, Kellner escreve livros, como o romance Na terra dos titãs, da Editora Rocco, e terá uma segunda obra publicada no final de 2009 ou no início do ano que vem.
Formado em Geologia pela UFRJ, Alexander Kellner é mestre e doutor em Geociência e Paleozoologia, pela Universidade da Columbia, nos Estados Unidos (EUA), e possui pós-doutorado em Paleontologia, com ênfase em Répteis Fósseis, pelo 9º Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no Rio de Janeiro. Ao longo da carreira, o cientista recebeu duas vezes (1986 e 1992) o prêmio The Rolex Awards for Enterprise, do Montres Rolex, na Suíça, e, em 1993, foi premiado com o The Bryan Patterson Award – melhor projeto de trabalho de campo, pela Sociedade da Paleontologia de Vertebrados, nos EUA.