O fomento de ciência, tecnologia e inovação na Amazônia Legal foi debatido em audiência pública no Senado na quarta-feira, 3 de junho, às 8h30. A iniciativa é da Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira, que funciona no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

A audiência, a primeira de duas sugeridas pelos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Wellington Salgado (PMDB-MG), centrou os debates em torno do documento intitulado Amazônia: desafio brasileiro do século XXI – a necessidade de uma revolução científica e tecnológica, produzido por um grupo de estudos formado por membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a SBPC e com a Fundação Conrado Wessel. O grupo foi composto por Adalberto Luis Val, Bertha Koiffmann Becker, Carlos Afonso Nobre, Hernan Chaimovich Guralnik, Jacob Palise Roberto DallAgnol.

Na justificação do requerimento, Renato Casagrande e Wellington Salgado chamam atenção para o fato de a conservação ambiental bem como o desenvolvimento sustentável da Amazônia demandarem importantíssimas contribuições da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Foram convidados para participar da reunião o secretário de políticas e programas de pesquisa e de desenvolvimento do Ministério da C&T, o Acadêmico Luiz Antônio Barreto de Castro; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa), o vice-presidente da ABC para a Região Norte, Adalberto Luis Val; a diretora-presidente, em exercício, da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Tatiana Deane de Abreu Sá; e o presidente da ABC, Jacob Palis.

Segundo Palis, houve uma presença significativa de senadores na Audiência. Na ocasião, ele enfatizou a necessidade de investimentos ainda mais substanciais em C&T na Amazônia, de acordo com o documento da ABC.

Palis mencionou que em vários dos itens propostos no documento houve expressivo avanço nos investimentos por parte do Governo Federal, especialmente dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, assim como da Embrapa e dos Governos Estaduais da Região através de suas Fundações de Amparo à Pesquisa, citando-se os Estados do Amazonas e do Pará.

“A competência local em C&T e essencial para que possam ser produzidos planos de desenvolvimento sócio-econômicos que respeitem a grande riqueza ambiental da Região”, concluiu o presidente da ABC.